O CALOR DO AFETO QUE CURA

  A Selva em que Vivemos  

Estipulamos tantos rótulos, critérios diagnósticos,  fronteiras que impedem o ser de viver em plenitude sua individualidade e singularidade.

Segundo PierreWell, “há entre os humanos, a falsa crença, bastante disseminada em todas as classes sociais”, mesmo, nas mais elitizadas, acadêmicas, de que “tudo o que a maioria pensa, sente, acredita ou faz, deve ser considerado normal, verdadeiro, inconteste, correto, legítimo, servindo muitas vezes de referência e orientação para o comportamento dos demais”.

Assusta vermos tantos profissionais psi...quiatras e psi...cologos buscando ardentemente um critério diagnostico para se proteger de entrar em contato com o ser e com a maravilha das diferenças.

Este estado ou forma de comportamento do homem pós-moderno chama-se Normose, um conjunto de valores, atitudes e comportamentos habituais, que levam ao sofrimento físico, psicológico, social e moral. Esse termo assim utilizado serve "para designar acomodação diante da realidade de que o hábito nocivo torna-se a norma de consenso aceita por todo mundo ou pela maioria”, com sérias repercussões na Saúde, Educação e Economia de um país. São atitudes desse tipo, a homofobia, o racismo, o sexismo e tantos outros preconceitos. Trabalhar tendo como sistema o cumprimento de metas inalcançáveis tem sido motivo de muito estresse, insatisfação, frustração e mesmo gatilho para o desenvolvimento de muitos transtornos de Ansiedade, compulsões, depressões, e muitos outros desconfortos. 

Comportamentos tidos como normoticos ou normativos? Acharao normal se calar perante a violência contra alguém que não atenda as regras e normas sociais, não farão nada para defender um homem de ser espancado ate a morte, e por nada fazerem, nada serão, serão os NORMAIS pelos quais uma uma sociedade adoecida anseia.

 A Normose pode influenciar a saúde do homem e a vida do planeta, atingir nossa saúde, através de hábitos prejudiciais, que por serem comuns, passam a ser considerados normais, como, o tabagismo, o alcoolismo, e outras drogas, compulsões, obesidade mórbida, Anorexia, a Vigorexia, consumismo, a perda da singularidade pela adoção de padrões estipulados pela mídia, baixa auto-estima, etc.

Apos 24 anos de profissão, atuando com o ser sei da dor do sofrimento psíquico e da necessidade destes profissionais de cuidar ao invés de tratar, de conhecer ao invés de rotular, de humanizar ao invés de robotizar.

Aos meus amigos psis permitam-se contactar pessoas ao invés de contar estatisticamente casos.